quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Pesquisa ST1 - Linguagem e sinalização (Valor = 10)

Pesquise e responda as seguintes questões em dupla:

1) Por que a linguagem (palavras, símbolos, gestos ou frases) é importante para garantir a segurança no trabalho?

2) Por que a linguagem (palavras, símbolos, gestos ou frases) utilizada para promover a segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho deve ser clara?

3) Qual é qual é o significado do símbolo da Segurança do Trabalho?

4) Apresente duas sinalizações utilizadas para promover a segurança no ambiente de trabalho.

5) Cite uma frase utilizada para promover a segurança no ambiente de trabalho.

6) Você acha que uma mesma placa ou frase pode ser entendida de formas diferentes pelas pessoas? Explique.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Carpe Diem!

 


Carpe Diem (Horácio): “Aproveite o dia”


Reflexão

O que significa, para você, “aproveitar o dia”?

*

Viver intensamente é a mesma coisa que viver bem?

*

Você acha que os jovens hoje vivem mais o presente ou se preocupam mais com o futuro?

*

Até que ponto faz sentido pensar no futuro sem perder o presente?

*

Qual é o seu lema filosófico?

*

“Conhece-te a ti mesmo.” – Sócrates

“O homem é a medida de todas as coisas.” – Protágoras

“Nada é mais admirável que o homem que supera a si mesmo.” – Sófocles

“O essencial é invisível aos olhos.” – Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe, de inspiração filosófica)

“O homem nasce livre, mas em toda parte encontra-se acorrentado.” – Rousseau

“Penso, logo existo.” – Descartes

“A felicidade é o bem supremo.” – Aristóteles

“O que não me mate me fortalece.” – Nietzsche

“A vida deve ser compreendida para trás, mas vivida para frente.” – Kierkegaard

“A liberdade é nada mais que a oportunidade de se tornar melhor.” – Albert Camus

“O homem é condenado a ser livre.” – Sartre

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria apenas existe.” – Oscar Wilde

domingo, 24 de agosto de 2025

Pesquisa – Filosofia da Linguagem + Informática 1

Grupo 1 – História das linguagens de programação

Pesquisa:

1) Quem foram os pioneiros na criação das primeiras linguagens de programação (ex.: Ada Lovelace, Alan Turing, linguagens como FORTRAN).

2) Quais necessidades humanas levaram à criação de linguagens para se comunicar com máquinas.

3) Se a linguagem é uma forma de organizar o pensamento, podemos dizer que as linguagens de programação também organizam nosso modo de pensar? Sim? Não? Por que?

Grupo 2 – Linguagem natural x Linguagem de programação

Pesquisa

1 O que é linguagem natural e o que é linguagem de programação?

2 Dois exemplos de linguagens de programação? Explique?

3 Por que a linguagem natural admite ambiguidades e a linguagem de programação não.

4 O ChatGPT consegue “conversar” de forma parecida com um ser humano. Mas será que a linguagem usada por inteligências artificiais como o ChatGPT é uma “linguagem” no sentido humano ou apenas uma simulação baseada em programação?

Grupo 3 – Algoritmos, poder e comunicação

Pesquisa

1) O que são algoritmos de maneira geral.
2) O que fazem e como funcionam os algoritmos na informática.
3) O que fazem e como funcionam os algoritmos aplicados em redes sociais e sites de busca.
4) Os algoritmos de redes sociais e sites de busca influenciam a forma como nos comunicamos e pensamos?
5) Segundo a Hipótese de Sapir-Whorf, a linguagem molda nossa visão de mundo. Até que ponto os algoritmos (que também são uma forma de linguagem) moldam o que pensamos e desejamos?


Grupo 4 – Linguagem e cultura digital (Grupo Gamer)

Pesquisa

1) Na internet existem diferentes comunidades digitais  (ex.: gamers, programadores, TikTokers) que criam suas próprias linguagens e códigos. Entreviste um gamer e pergunte: 
2) Quais são os termos ou gírias que os gamers usam nos jogos que pessoas de fora talvez não entendam?
3) Como você descreve a comunicação dentro do jogo — é mais rápida, abreviações, símbolos ou emojis?
4) Você acha que a linguagem do jogo afeta a sua forma de pensar ou agir dentro e fora do jogo?
5) Você acha que os jogos criam uma comunidade de jogadores que se reconhecem mutuamente pela forma como falam, interagem, se comportam ou se vestem (avatares, skins, estilos)?


Grupo 5 Linguagem digital: memes, emojis, gifs e figurinhas

Pesquisa

1) O que são e como funcionam esses elementos na internet:
a) Memes: 
b) Emojis e figurinhas: 
c) Gifs animados: 

2) Qual é a Função comunicativa desses elementos ( Memes, emojis, figurinhas e gifs animados)
3) Qual é o impacto cultural e social desses elementos ( Memes, emojis, figurinhas e gifs animados)
4) Se a linguagem molda o pensamento, como os memes, emojis, gifs e figurinhas — que são formas de linguagem simbólica — influenciam a forma como percebemos ideias, nos expressamos e nos relacionamos com outras pessoas e com a cultura digital?

sábado, 23 de agosto de 2025

Pesquisa - Política no medievo & relações com contemporaneidade (Segundo Regular 1, Segundo Log). (V=10,0)

Grupo 1 - Leonardo, Saulo, Ana Clara

Grupo 1.1 Maiara, Marcos Vinicius Moraes, Vitória Cristina

    Agostinho dizia que o que uma sociedade ama determina como ela será organizada, Para ele, se a sociedade ama poder e prazer então tende ao conflito e à injustiça. Se ama a Deus e o bem comum tende à paz verdadeira. No presente,  o que  a sociedade atual ama ( dinheiro, fama, consumo? Outras coisas? Quais)  e quais os efeitos disso no mundo?

Grupo 2 - Júlia Nicoly, Isabela Laureano


    Na Idade Média, a Igreja Católica exerceu forte influência sobre a política, interferindo nas monarquias, moldando leis e costumes. O filósofo Agostinho entendia, por exemplo, que a  função da política era “conter o mal”, resultado do mau uso do livre arbítrio pelos homens. 
Na contemporaneidade, vocês percebem a influência e a presença da Religião na Política? Como essa influência e presença se manifestam? Dê exemplos.
    Essa influência é positiva, negativa ou depende do contexto? Justifique sua resposta.

Grupo 3 - kamily


    Tomás de Aquino afirmava que o principal objetivo da política é garantir o bem comum e que as leis devem ser justas e baseadas na razão. 
Se você pudesse criar hoje uma lei para promover o bem comum, qual seria? 
    Descreva a lei e explique seu objetivo. 
    Justifique como ela beneficiaria a sociedade de forma justa e racional.

Grupo 4 - João Pedro Faria


    Segundo Tomás de Aquino, um governante justo governa para o bem comum, e não para seus próprios interesses.
    Na sua visão, os políticos de hoje estão mais preocupados em se manter no poder do que com o bem comum?
    Você acredita que a população pode influenciar esse cenário? Explique como isso poderia acontecer.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Política: segundo ano

1 Maquiavel

Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado).

O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre

A Negação da liberdade X defesa da liberdade 

B Mundo das Ideias X Mundo das Sombras

C Idealismo dos antigos  X Realismo político

D Cidade de Deus X cidade dos homens

E Objetividade X Subjetividade

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2 Maquiavel

Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.​ MAQUIAVEL, N. O príncipe. 

​A partir do texto, é possível perceber a crítica de Maquiavel à filosofia política de Platão, pois há nesta a​:

a) elaboração de uma política com fundamento na bondade infinita de Deus.​
b) explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.​
c) utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na Ágora.​
d) investigação das constituições políticas de Atenas.
e) idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.

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Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, de uma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.


MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.


A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:


A) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.

B) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.

C) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.

D) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.

E) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

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Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.)

A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:

A) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da política moderna explicitadas por Maquiavel.
B) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé.
C) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.
D) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.

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Maquiavel, pensador político do período moderno, faz severas críticas ao modo de se fazer política no período grego e, sobretudo, no período moderno, isso porque, de acordo com esse pensador político, a política do seu tempo era tomada no sentido aristotélico, ou seja, pensava a partir do que se denomina de dever-ser, em outros termos, pensando o homem, a partir da visão aristotélica, como um animal político, isto é, nascido para a política, uma espécie de o homem como ser comunitário. Por essa razão, Maquiavel, em 1513, escreveu sua famosa obra O Príncipe e, no contexto dessa obra, o autor apresenta a seguinte discussão: “Necessitando, portanto, um príncipe saber usar bem o animal, desse deve tomar como modelos a raposa e o leão, porque o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não tem defesa contra os lobos. É preciso, portanto, ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para aterrorizar os lobos. Aqueles que usam apenas os modos do leão, nada entendem dessa arte” (MAQUIAVEL. O Príncipe. São Paulo: abril cultural, 978, p. 108. Coleção os pensadores) Desse modo: I. Para Maquiavel, a noção de lobo representa o uso da força e, nesse sentido, deve demonstrar coragem e, acima de tudo, poder para aniquilar os lobos. II. Raposa é, no sentido apresentado na assertiva, uma figura metafórica que representa astúcia, sutileza e esperteza para lidar com os adversários. III. A arte política é, no sentido apresentado por Maquiavel, uma forma ética de lidar com os adversários, pois, para esse autor, o homem é um animal político e por isso se traduz como um ser comunitário. Assinale a alternativa correta, com relação aos enunciados acima: A) Apenas a alternativa I está correta; B) Apenas a alternativa II está correta; C) Apenas a alternativa III está correta; D) Todas as alternativas estão corretas; E) As alternativas I e II estão corretas.
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Contratualistas

Hobbes

Polemizando contra a tradicional tese aristotélica, que via na sociedade o resultado de um instinto primordial, Hobbes sustenta que no gênero humano, diferentemente do animal, não existe sociabilidade instintiva. Entre os indivíduos não existe um amor natural, mas somente uma explosiva mistura de temor e necessidade recíprocos que, se não fosse disciplinada pelo Estado, originaria uma incontrolável sucessão de violências e excessos. NICOLAU, U. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à Idade Moderna. São Paulo: Globo, 2005 (adaptado). Referente à constituição da sociedade civil, considere, respectivamente, o correto posicionamento de Aristóteles e Hobbes: Alternativas:
A Instrumento artificial para a realização da justiça e forma de legitimação do exercício da coerção e da violência. B Realização das disposições naturais do homem e artifício necessário para frear a natureza humana. C Resultado involuntário da ação de cada indivíduo e anulação dos impulsos originários presentes na natureza humana. D Objetivação dos desejos da maioria e representação construída para possibilitar as relações interpessoais. E Realização da razão e expressão da vontade dos governados.
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Hobbes

A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. Donde fica claro como, durante o tempo em que os homens são desprovidos de um poder comum que os mantenha todos num estado de sujeição, eles se encontram naquela condição que é chamada guerra, e tal guerra é de cada um contra o outro. (Hobbes, T, Leviatã).

Segundo a concepção filosófica apresentada, o Estado funciona de modo a: 

a) utilizar o medo como mantenedor da organização social civil; 
b) suplantar as iniciativas egoístas que visam o bem-estar coletivo 
c) garantir a superação da desigualdade natural entre os homens 
d) resguardar a democracia intrínseca ao funcionamento institucional 
e) possibilitar a instauração das liberdades individuais sob a forma de lei

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O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçandoos, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias a nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
Alternativas
A internalizar os princípios morais, objetivando a satisfação da vontade individual. B aderir à organização política, almejando o estabelecimento do despotismo. C aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o fortalecimento da Igreja. D assegurar o exercício do poder, com o resgate da sua autonomia. E obter a situação de paz, com a garantia legal do seu bem-estar.
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Rousseau

Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rústicos. Não era melhor, mas os homens encontravam sua segurança na facilidade para se reconhecerem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitos vícios. ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre as ciências e as artes. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).
No presente excerto, o filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) exalta uma condição que teria sido vivenciada pelo homem em qual situação?
Alternativas
A No sistema monástico, pela valorização da religião. B Na existência em comunidade, pela comunhão de valores. C No modelo de autogestão, pela emancipação do sujeito. D No estado de natureza, pelo exercício da liberdade. E Na vida em sociedade, pela abundância de bens.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Revisão ENEM

1 Ética

(Enem, 2023) Estudiosos do Instituto de Antropologia Evolucionária de Leipzig, na Alemanha, colocaram um chimpanzé em um quarto com a visão de suculentos pedaços de comida trancados dentro de um armário. A um segundo chimpanzé era dada, então, a oportunidade de liberar a comida, porém, sem usufruir dela. Em aproximadamente 80% das vezes, eles tomaram a decisão mais caridosa e liberaram o alimento para o outro chimpanzé.

Considerando nossa relação com outros, o experimento envolvendo os chimpanzés ilustra qual tipo de comportamento moral humano?

A) Hedonista, anseia o prazer pessoal.
B) Altruísta, promove o bem-estar imparcial.
C) Retributivo, busca um retorno equivalente.
D) Deontológico, cumpre uma obrigação formal.
E) Meritocrático, valoriza o merecimento individual.
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2 Política

(ENEM) O Estado surge pelo fato de ser o homem um animal naturalmente social, político. O Estado provê, inicialmente, a satisfação daquelas necessidades materiais, negativas e positivas, defesa e segurança, conservação e engrandecimento, de outro modo irrealizáveis. Mas o seu fim essencial é espiritual, isto é, deve promover a virtude e, consequentemente, a felicidade dos súditos mediante a ciência. ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (adaptado).

Segundo o autor, é função do Estado garantir o(a)

A justiça divina, pregando a salvação eterna dos fiéis
B soberania, respeitando a autonomia dos três poderes.
C propriedade privada, protegendo o direito natural inalienável.
D vida ética, proporcionando a formação moral dos cidadãos.
E direito de resistência, suprimindo governos considerados impopulares.
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3 Política

A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra. CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em:

a) Imposição ideológica e normas hierárquicas.
b) Determinação divina e soberania monárquica.
c) Intervenção consensual e autonomia comunitária.
d) Mediação jurídica e regras contratualistas.
e) Gestão coletiva e obrigações tributárias.

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4 Política

Ao longo da história, os movimentos sociais são produtores de novos valores e objetivos, criando novas normas para organizar a vida social. Os movimentos sociais exercem o contrapoder construindo-se mediante um processo de comunicação autônoma, livre do controle dos que detêm o poder institucional. CASTELLS, M. Redes da indignação e esperança.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013 (adaptado).

O contrapoder indicado no texto se expressa na

A) adoção de éticas horizontais.
B) rejeição de dissidências morais.
C) negação de estratégias coletivas.
D) promoção de descrenças axiológicas.
E) incorporação de convenções estatais.

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5 Linguagem

A linguagem é uma grande força de socialização, provavelmente a maior que existe. Com isso não queremos dizer apenas o fato mais ou menos óbvio de que a interação social dotada de significado é praticamente impossível sem a linguagem, mas que o mero fato de haver uma fala comum serve como um símbolo peculiarmente poderoso da solidariedade social entre aqueles que falam aquela língua.

O texto destaca o entendimento segundo o qual a linguagem, como elemento do processo de socialização, constitui-se a partir de uma:

A.necessidade de ligação com o transcendente
B.relação de interdependência com a cultura.
C.estruturação da racionalidade científica.
D.imposição de caráter econômico.
E.herança de natureza biológica.

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6 Ética, estética, linguagem

Mascarar-se, maquiar-se, tatuar-se não é, exatamente, como se poderia imaginar, adquirir outro corpo, simplesmente um pouco mais belo, melhor decorado, mais facilmente reconhecível: tatuar-se, maquiar-se, mascarar-se é sem dúvida algo muito diferente, é fazer com que o corpo entre em comunicação com poderes secretos e forças invisíveis. A máscara, a tatuagem, a pintura instalam o corpo em outro espaço, fazem-no entrar em um lugar que não tem lugar diretamente no mundo, fazem deste corpo um fragmento de espaço imaginário que se comunicará com o universo das divindades ou com o universo do outro. 

Os adornos do corpo são compreendidos pelo filósofo como:

A Fuga da realidade
B Valorização do Eu
C Negação do Sujeito
D Formas de Linguagem
E Instrumentos de Poder

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7 Política

A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. Donde fica claro como, durante o tempo em que os homens são desprovidos de um poder comum que os mantenha todos num estado de sujeição, eles se encontram naquela condição que é chamada guerra, e tal guerra é de cada um contra o outro. (Hobbes, T, Leviatã).

Segundo a concepção filosófica apresentada, o Estado funciona de modo a: 

a) utilizar o medo como mantenedor da organização social civil; 
b) suplantar as iniciativas egoístas que visam o bem-estar coletivo 
c) garantir a superação da desigualdade natural entre os homens 
d) resguardar a democracia intrínseca ao funcionamento instituciona
e) possibilitar a instauração das liberdades individuais sob a forma de lei

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Revisão Simulado ENEM

1 Método Socrático

“Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embarassa o interlocutor, que, ao ser interpelado, não sabe o que responder.” (PLATÃO. Apologia de Sócrates. São Paulo: PUC-SP, 2004.) A atitude apresentada na interlocução do filósofo Sócrates com Mênon é um exemplo da utilização do(a):

A) escrita epistolar
B) método dialético
C) linguagem trágica
D) explicação fisicalista
E) suspensão judicativa

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2 Filosofia Medieval

“Desde que ouvimos a palavra 'Deus', sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, essa palavra significa uma coisa de tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no pensamento é maior do que o que existe apenas no pensamento. Donde se segue que o objeto designado pela palavra 'Deus', que existe no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente.”
(TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.)

Pergunta: O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por:


A) reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.
B) sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.
C) explicar as virtudes teologais pela demonstração.
D) flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.
E) justificar pragmaticamente crença livre de dogmas

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3 Teoria do Conhecimento

“Suponha-se que seja trazida de súbito a este mundo uma pessoa dotada das mais poderosas faculdades da razão e reflexão. É verdade que ela observaria imediatamente um acontecimento seguindo-se a outro, mas não conseguiria descobrir nada além disso. Ela não seria, no início, capaz de apreender, por meio de nenhum raciocínio, a ideia de causa e efeito.”

(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Unesp, 2003.)

Segundo Hume, nossa capacidade de estabelecer relações como aquelas mencionadas no texto resulta do(a):

A) representação construída pela assimilação dos juízos universais.
B) hábito desenvolvido pela repetição de uma operação.
C) testemunho proveniente de relato de terceiros.
D) intuição formada pela atividade mental pura.
E) reminiscência advinda de vidas passadas.

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4 Moral e ética

"A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori". Fonte:  Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes

O enunciado expressa a: 

A) Habilidade prática da moral.
B) Transvaloração de valores tradicionalizados.
C) Recusa em fundamentar a moral pela experiência.
D) Ética como ciência exata.
E) Importância dos valores democráticos na amizade.

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5 Teoria Social

“A história de todas as sociedades até agora existentes é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressor e oprimido, em constante oposição, têm vivido em guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que sempre terminou, ou por uma transformação revolucionária de toda a sociedade, ou pela destruição das classes em luta.”

(MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Boitempo, 1998, p. 40.)

Típico de sociedades urbanas industriais, o conflito social apresentado no texto é uma consequência da

A) dissolução da estrutura escravocrata.
B) exploração da propriedade privada.
C) ampliação da cidadania política.
D) difusão da democracia liberal.
E) organização da economia solidária.

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6 Política, Ética

“Para Rawls, a estrutura básica mais justa de uma sociedade é aquela que alguém escolheria se não soubesse qual viria a ser seu papel particular no sistema de cooperação daquela sociedade.” (LOVATTI, F. Uma teoria da justiça, de John Rawls. Porto Alegre: Penso, 2013.)

Pergunta: A teoria da justiça proposta pelo autor, conforme exposto no texto, pressupõe assumir uma posição hipotética chamada de

A) reino de Deus.
B) mundo da utopia.
C) véu da ignorância.
D) estado da natureza.
E) cálculo da felicidade.

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7 Ética, Política

Em sua obra As Origens do Totalitarismo, Hannah Arendt critica a banalização do mal a partir da segregação humana. Essa segregação é alimentada pela:

a) promoção da igualdade entre os povos.
b) valorização da diversidade cultural.
c) rejeição ao direito à diferença.
d) aceitação das diferenças sociais.
e) integração das culturas dominantes.

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8 Politica

Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal. ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).

A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a):

A - ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
B - alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
C - cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
D - segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
E - enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.
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9 Dialética do Senhor e do Escravo em Hegel

“A consciência-de-si é em-si e para-si quando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer, só é como algo reconhecido. Inicialmente uma consciência visa submeter a outra, ao apreendê-la como objeto. Porém precisa ser reconhecida pela outra como sujeito. Mas o outro é também uma consciência-em-si. Um indivíduo se confronta com outro indivíduo. Uma, a consciência independente, outra a consciência dependente. Uma é o senhor, outra é o escravo.” (Hegel, Fenomenologia do Espírito, Parte I, Seção III, §§ 178–196)


a - Hegel, seguindo Kant, entende o conhecimento como um processo puramente ahistórico de tomada de consciência do mundo.

b - A visão hegeliana sobre o conhecer reflete uma percepção puramente especulativa, que rejeita qualquer vínculo com a realidade objetiva.

c - Hegel, na Fenomenologia do Espírito, desenvolveu uma defesa da relação de submissão entre escravo e senhor como parte do desenvolvimento do Espírito.

d - O conhecimento parte de uma consciência de si que, em uma relação de contradição, chega à consciência do outro que lhe nega, mas, simultaneamente, lhe reconhece como sujeito.

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10 Ética, Política

“Mas homens no plural, isto é, os homens que vivem e se movem e agem neste mundo, só podem experimentar o significado das coisas por poderem falar e ser inteligíveis entre si e consigo mesmos.” (Hannah Arendt, A Condição Humana, 2004)

No trecho, a filósofa Hannah Arendt mostra a importância da linguagem no processo de:

a) entendimento da cultura.
b) aumento da criatividade.
c) percepção da individualidade.
d) melhoria da técnica.
e) construção da sociabilidade.

domingo, 10 de agosto de 2025

O véu da ignorância

O véu da ignorância, de John Rawls, é uma ideia usada para pensar em justiça de forma justa para todos e todas.

Imagine que você vai criar as regras de uma sociedade, mas sem saber quem você será nessa sociedade: rico ou pobre, homem ou mulher, negro ou branco, saudável ou doente. Você está “por trás de um véu” que te impede de conhecer sua posição.

Segundo Rawls, como você não sabe quem será, você tende a escolher regras justas para todos, porque se fizer regras só para os poderosos, pode acabar sendo o mais prejudicado depois.

Pergunta: o véu da ignorância de Rawls, ao propor que que pensemos  em uma sociedade sem favoritismos pessoais, poderia ajuda a criar uma sociedade mais justa?

sábado, 9 de agosto de 2025

Questões sobre Idealismo Alemão em edições anteriores do ENEM

Kant – ENEM 2015 - "A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori". Fonte:  Fundamentação da Metafísica dos Costumes

O enunciado expressa a: 

A) Habilidade prática da moral.
B) Transvaloração de valores tradicionalizados.
C) Recusa em fundamentar a moral pela experiência.
D) Ética como ciência exata.
E) Importância dos valores democráticos na amizade.

Gabarito correto: C – Este enunciado expressa um pensamento kantiano: a moralidade é independente da experiência e fundamentada em princípios a priori, caracterizando a moral como universal e necessária

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Hegel. A Dialética do Senhor e do Escravo.


“A consciência-de-si é em-si e para-si quando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer, só é como algo reconhecido. Inicialmente uma consciência visa submeter a outra, ao apreendê-la como objeto. Porém precisa ser reconhecida pela outra como sujeito. Mas o outro é também uma consciência-em-si. Um indivíduo se confronta com outro indivíduo. Uma, a consciência independente, outra a consciência dependente. Uma é o senhor, outra é o escravo.” (Hegel, Fenomenologia do Espírito, Parte I, Seção III, §§ 178–196)

Alternativas:

  1. Hegel, seguindo Kant, entende o conhecimento como um processo puramente ahistórico de tomada de consciência do mundo.

  2. A visão hegeliana sobre o conhecer reflete uma percepção puramente especulativa, que rejeita qualquer vínculo com a realidade objetiva.

  3. Hegel, na Fenomenologia do Espírito, desenvolveu uma defesa da relação de submissão entre escravo e senhor como parte do desenvolvimento do Espírito.

  4. O conhecimento parte de uma consciência de si que, em uma relação de contradição, chega à consciência do outro que lhe nega, mas, simultaneamente, lhe reconhece como sujeito.

Gabarito : Alternativa 4 — apresenta o processo dialético do reconhecimento mútuo entre consciências distintas.

A dialética do senhor e do escravo é central no sistema hegeliano: a individualidade — a consciência de si — só se completa ao ser reconhecida por outra, introduzindo uma tensão dialética entre negação e reconhecimento que sustenta o desenvolvimento do Espírito na Fenomenologia.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Intuição estética do Absoluto

Como estudamos, para Schelling, a arte permite uma intuição direta do absoluto — ou seja, da realidade última, da unidade profunda entre espírito e natureza.

Na filosofia de Schelling, o absoluto é uma espécie de totalidade unificada onde tudo se reconcilia, e a razão sozinha não consegue apreendê-lo plenamente. A arte revela esse absoluto de forma imediata e intuitiva, sem precisar passar pelas mediações racionais ou conceituais.

Então, a arte é um meio privilegiado para experimentar o que Schelling chama de “identidade fundamental” entre o espiritual e o natural, porque ela expressa essa união de forma simbólica, concreta e viva.

Schelling não lista obras específicas como exemplos em suas reflexões filosóficas, mas, no contexto do romantismo alemão — do qual ele foi uma figura central — podemos inferir que ele valorizava obras de arte que expressassem a união profunda entre natureza, espírito e o absoluto.


    A Sinfonia nº 5 em dó menor , Op. 67, também conhecida como Sinfonia do Destino (em alemão: Schicksalssinfonie ), é uma sinfonia composta por Ludwig van Beethoven entre 1804 e 1808.


Caminhante sobre o mar de névoa ("Der Wanderer über dem Nebelmeer, também conhecido como Viajante Sobre o Mar de Névoa) é uma pintura a óleo de 1818 do artista alemão Caspar David Friedrich.

"A arte é a atividade em que o absoluto se revela diretamente a si mesmo. Na arte, o sujeito e o objeto, a liberdade e a necessidade, espírito e natureza, que em outros campos da filosofia aparecem separados, unem-se em uma identidade viva. Através da obra de arte, o infinito se torna finito e sensível, e assim o absoluto se torna intuitivamente acessível para nós”.

Metade da vida

Pêras amarelas
E rosas silvestres
Da paisagem sobre a
Lagoa.

Ó cisnes graciosos,
Bêbados de beijos,
Enfiando a cabeça
Na água santa e sóbria!

Ai de mim, aonde, se
É inverno agora, achar as
Flores? e aonde
O calor do sol
E a sombra da terra?
Os muros avultam
Mudos e frios; à fria nortada
Rangem os cata-ventos.

Friedrich Hölderlin
In Manuel Bandeira
Poemas Traduzidos
Edições de Ouro, Rio de Janeiro, s/data