sexta-feira, 6 de junho de 2025

Waking Life (2001)

Waking Life (2001) dirigido por Richard Linklater é um filme feito em estilo rotoscopia, que mistura realidade e animação. A obra se estrutura como uma série de conversas e reflexões — muitas delas filosóficas.

Objetivo da exibição do filme: identificar ideias filosóficas

Duração: 2 sessões de 40 minutos:

Roteiro de anotações

- Cena marcante

- Frase marcante

- Filósofo relacionado

- Por quê?


Perguntas para discussão:

  1. Qual cena ou fala mais te chamou a atenção? Por quê?

  2. Você reconheceu ideias de algum filósofo que já estudamos? Dê exemplos.

  3. O que o filme nos faz pensar sobre a diferença entre sonho e realidade?

  4. Você acha que temos livre-arbítrio? Ou estamos “sonhando” condicionados por forças que não controlamos?

  5. Há alguma conexão entre o filme e o Mito da Caverna de Platão?

  6. Alguma fala te lembrou Sartre, Descartes ou Nietzsche?

  7. O filme parece ter uma conclusão? Ou deixa tudo em aberto? Isso é bom ou ruim?


Possíveis conexões filosóficas:

  • Platão – O filme todo pode ser visto como uma jornada de libertação de ilusões (Mito da Caverna).

  • Descartes – Dúvida radical, “estou sonhando ou estou acordado?”, penso, logo existo.

  • Sartre – Liberdade, responsabilidade, existência precede essência.

  • Nietzsche – Crítica à moral tradicional, afirmação da vida, eterno retorno.

  • Heráclito – Fluxo constante da realidade

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Questões cartesianas

Questão 1 (ENEM ADAPTADO) Leia com atenção os textos.

TEXTO 

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão muito duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

TEXTO II

Para Descartes, se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida. Assim as novas certezas que surgirem são diferentes das primeiras certezas. As primeiras certezas foram admitidas automaticamente. Já as novas certezas surgiram da dúvida e, portanto, possuem uma base mais segura, muito embora estes também podem vir a ser questionados.

Conforme Descartes, para construirmos nosso conhecimento devemos:

(   ) retomar o método dos filósofos da antiguidade grega para edificar a ciência com legitimidade.

(   ) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.

(   ) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.

(   ) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.


QUESTÃO 2 (ENEM 2021 adaptado) Para Descartes, "a filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica; o tronco, a física, e os ramos que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral,entendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências, e é o último grau da sabedoria".

No texto, Descartes aponta que a moral é a ciência mais elevada, o último grau da sabedoria, porque para alcançá-la é preciso saber todas as outras ciências. Assim, ao defender que a moral unifica todos os demais conhecimentos, Descartes quer:

(   ) Sustentar a unidade essencial do conhecimento

(   ) Sustentar que os demais conhecimentos não são importantes

(   ) Sustentar que a experiência é a fonte de nossos conhecimentos

(    ) Sustentar que a filosofia pode ser feita sem moral


QUESTÃO 3 É importante aprendermos Platão, Aristóteles, etc., mas não para repeti-los, mas para que sejamos capazes formular juízos sólidos sobre as questões que nos são propostas.

Descartes, por exemplo, ao colocar todas os conhecimentos em dúvida, descobriu ao fim do processo o cogito (penso, logo existo) e assim um sujeito que pode, pela sua própria atividade pensante e crítica, examinar todos os conhecimentos e, livremente, admitir somente os verdadeiros. Assim, para Descartes a busca do verdadeiro conhecimento é resultado da:


(  ) investigação de natureza empírica.
(  ) retomada da tradição medieval.
(  ) imposição de valores ortodoxos.
(  ) autonomia do sujeito pensante.

John Locke: Das idéias em geral e da sua origem

LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. Eduardo Abranches de Soveral. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2014