Síntese
Ética prática ou aplicada
Bioética - Ética biomédica, ética ambiental, ética animal,
Ética Profissional
Ética Digital
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No percurso do estudo de diferentes éticas contemporâneas examinamos enquanto estudávamos Ética Profissional e Ética Digital o "Código de Ética e Conduta Profissional da Sociedade Brasileira de Computação" à luz das ideias do filósofo Hans Jonas, desenvolvidos na obra "O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica".
2. RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
Um profissional da Computação deve...
2.5. Fazer avaliações abrangentes e completas de sistemas computacionais e seus impactos, incluindo análise de possíveis riscos
(...) Cuidados extraordinários devem ser tomados para identificar e mitigar riscos potenciais em sistemas de aprendizado de máquina. Um sistema para o qual os riscos futuros não podem ser previstos de forma confiável requer reavaliação frequente do risco à medida que o uso do sistema evolui, ou não deve ser implantado. Quaisquer problemas que possam resultar em grandes riscos devem ser relatados às partes apropriadas.
Fonte: Código de Ética e Conduta Profissional da Sociedade Brasileira de Computação
Deixem ecoar em seus ouvidos a palavra “responsabilidade”.
O filósofo alemão Hans Jonas (1903 - 1993) na obra "O princípio responsabilidade” propõe ao pensamento e ao comportamento uma nova ética.
Por que uma nova ética? Hans Jonas entende que a tecnologia moderna introduziu mudanças tão grandes e imprevisíveis no planeta que as éticas do passado não são capazes de contê-las.
Essa nova ética deve considerar não apenas os humanos, mas também a natureza.
A humanidade deve se responsabilizar pelo seu próprio futuro na Terra, e pela natureza.
Imperativo categórico de Kant (século XVIII): "Age de tal maneira que o princípio de toda ação se transforme numa lei universal"
Jonas formula um "imperativo de responsabilidade" para o século XXI: "Age de tal maneira que não ponhas em perigo a continuidade indefinida da humanidade na Terra".
Perigo: A reconstrução tecnológica/cibernética do homem e do ambiente pode significar a morte da humanidade e natureza como conhecemos. Não necessariamente uma morte terminal física, mas uma "morte essencial".
No presente, pesquisa científica dominada pelo poder gerou uma nova configuração da ciência, que produz um novo saber que não é usado para o benefício de todos, mas apenas para o bem dos próprios detentores de poder e de suas redes.
O imperativo tecnológico vigente elimina a consciência, elimina o sujeito, elimina a liberdade em proveito de um determinismo. Para que pensar se podemos usar o "chat GPT", não é mesmo? Para que pensar livremente se tudo pode ser programado antecipadamente, não é verdade?
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