INFORMAÇÕES GERAIS
Especialista em Meio Ambiente
Em entrevista com especialista em Meio Ambiente obtivemos a informação de que em Paraisópolis não há tratamento de esgoto.
Apenas há tratamento de esgoto na empresa APTIV. Entretanto, como Paraisópolis não trata o esgoto, o esgoto tratado pela APTIV é lançado na rede municipal e termina por misturar com esgoto não tratado.
A cidade de Paraisópolis possui dois cursos d'água: o "Ribeirão Santo Antonio" que começa na região da Vila São Luiz. Este ribeirão encontra-se com o "Ribeirão Guedinho" que passa pelo Dr.Geraldo e Água Férrea. Depois estes dois ribeirões se encontram na região da transportadora Pituta, segue até a ETE que está sendo construída e, finalmente, desaguam no Rio Sapucaí.
Como ainda a ETE não está em funcionamento todo esgoto produzido em Paraisópolis vai sem tratamento para o Rio Sapucaí.
IBGE
Dados do Censo de 2010 mostram que o esgotamento sanitário adequado não é 100% no município de Paraisópolis (MG)
Em 2010, o esgotamento sanitário adequado estava na cada dos 83,9%.
Aguardamos informações do Censo 2022 para obter informações atualizadas.
INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS
VEREADORES
Em entrevista informal com vereadores e líderes comunitários verificamos que já alguns anos representantes da Vila Frei Orestes os procuram para reclamarem dos problemas causados pela situação do esgoto a céu aberto no Bairro.
Em um vídeo de 2017, disponível na internet, um vereador, representando os moradores do bairro, denuncia a situação, apontando a necessidade de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Naquela época, o município havia recebido do governo federal uma verba de cerca de 11 milhões para a construção da ETE. Porém, a obra se arrastou por anos. Hoje, a obra está em fase de término.
Dois anos depois das reclamações da Câmara Municipal, mais precisamente em maio de 2019, o SAAE, no curso da gestão 2017-2020, iniciou um trabalho na Vila Frei Orestes para resolver a questão do esgoto lançado pelas residências no ribeirão que passa pelo bairro.
Milhares de litros de dejetos que eram derramados in natura no curso d’água passaram a ser captados e enviados a emissários.
Os emissários acompanham a calha do curso d'água. A função deles é não deixar o esgoto cair no curso d'água.
MORADORES
Os moradores reclamam do mau cheiro no bairro,
presença constante de ratos e baratas em seus lares. Ao lado do ribeirão
há uma quadra utilizada pelos moradores e nela também o mau cheiro
provindo do ribeirão é constante. Uma moradora menciona em que épocas de
chuvas o ribeirão transborda piorando a situação.
VISITA AO BAIRRO
Visitamos a
região do ribeirão na Vila Frei Orestes no dia 26 de setembro de 2023.
De fato constatamos a existência dos emissários construídos ao lado do
ribeirão para captação do esgoto do bairro, como informado pelo SAAE.
Porém, constatamos
que o ribeirão ainda apresenta coloração escura e mal cheiro, o que
indica a existência de esgoto ainda sendo lançado diretamente no ribeirão.
Referências
IBGE. Panorama. 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/paraisopolis/panorama Acesso em: 26 set. 2023.
SAAE. Saae inicia a retirada de esgoto das casas da Vila Frei Orestes. 13/05/2019. Disponível em: https://www.paraisopolis.mg.gov.br/noticia/1378/SAAE-inicia-a-retirada-de-esgoto-das-casas-da-Vila-Frei-Orestes-que-e-lancado-em-ribeirao. Acesso em: 26 set. 2023.
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