quinta-feira, 15 de maio de 2025

Questões platônicas

Ética

(ENEM – 2015)  Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos -presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade, e essas regras não passavam de invenções humanas.​ 
(RACHELS, J. Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009).​

O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de​

a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.​
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.​
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.​
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.​
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
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Teoria do conhecimento

(ENEM – 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.​

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).​

O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?​

a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.​
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.​
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.​
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.​
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

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Política

(ENEM – 2013) Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.​

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013.​

A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a​

a) elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus.​
b) explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.​
c) utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora.​
d) investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo.​
e) idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.

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